Coruja

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domingo, 15 de abril de 2018

TAYLORISMO E FORDISMO FRAGMENTAÇÃO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO E NA CULTURA ESCOLAR



  No texto de abertura, Hilton Japiassu nos fala da compartimentalização dos saberes e da importância do trabalho integrado. 
            Os textos são extremamente importantes porque remete-nos a um período onde as relações de trabalho começaram a ser modificadas, a Revolução Industrial. Esse movimento levou a Europa a drásticas mudanças relacionadas as relações de trabalho estabelecidas entre os donos dos meios de produção e os proletários. No início da Revolução Industrial, os operários viviam em péssimas condições de vida e trabalho.
            O ambiente das fábricas era insalubre, assim como os cortiços onde muitos trabalhadores viviam. A jornadas de trabalho chegava a 80 horas semanais, e os salários variavam em torno de 2,5 vezes o nível de subsistência. Para mulheres e crianças, submetidos ao mesmo número de horas e às mesmas condições de trabalho, os salários eram ainda mais baixos. A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores passava a dominar apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior.
            Tudo isto se relaciona diretamente com a fragmentação da cultura escolar, pois quando fragmentada a educação perde muito de sua real capacidade de modificar as velhas e retrogradas estruturas da sociedade tradicional. Essa fragmentação foi construída, tendo um objetivo muito claro, o de massificar a sociedade, fazendo com que ela não enxergue e não compreenda sua real importância no quadro social. Quando ocorre a fragmentação da cultura, acontece um estranhamento do indivíduo, que passa a não valorizar qualquer cultura que não seja a sua, fato que acaba afastando as pessoas, podendo gerar diversos tipos de preconceitos e discriminação.
            Alguns movimentos que surgiram no século XX, serviram para reafirmar e aprimorar aquilo que se iniciou com a revolução industrial, a exploração desumana da mão de obra e a obtenção máxima de lucratividade, é o caso do Taylorismo e do Fordismo. Frederick Taylor e Henri Ford reinventaram a sistemática de manufatura. Apesar dos salários terem aumentado bastante, ainda não condizia com o que era produzido pelos trabalhadores, e prevalecia a mais valia.
            Hoje existe uma luta para que a interdisciplinaridade e a multidisciplinariedade imperem nas escolas brasileiras, mas existem muitos movimentos conservadores, tradicionais, que causam entraves, não permitindo que ocorra a reestruturação e a democratização da educação do Brasil. Isso ocorre porque alguns grupos, que tem interesse na estagnação intelectual da sociedade, agem politicamente para manter essas estruturas antiquadas.

Um comentário:

  1. Olá, Tânia. Qual tua experiência no trabalho de interdisciplinaridade e multidisciplinaridade?

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