Coruja

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quinta-feira, 6 de julho de 2017

O SEMESTRE -V DE MUITAS APRENDIZAGENS E DESAFIOS

Mediante inúmeras leituras enlouquecedoras me deixando zonza, muitas das vezes tendo de ler 1,2,3...para entender o que era preciso e ir em frente.
 Diante disto tudo tomei uma frase comigo, "SOMOS  DESAFIADOS A DESAPRENDER PARA APRENDER", armazenar novas ferramentas sem dispensar o que processamos durante todos estes anos.
 Muitas das vezes sentindo-me uma analfabeta diante de tantas leituras de difícil entender, em outra textos que fizeram-me abrir minha visão, alguns filmes ótimos. Mas acho que tudo faz parte, um jogo de limites e superação.Sei que esse semestre, deixei de dar um pouco mais de mim, mas não por falta de idéias ou tempo pelo contrário meu corpo físico estava em grandes modificações  e em breve eu e meu marido juntamente  com nossa filha receberemos mais uma benção  em nossa vida a nossa pequena princesa Allana Flach Lara.
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Posso afirmar que  esse semestre foi para mim uma marca registrada, de muitas aprendizagens e acima de tudo desafiador.
Sei que vai ser meio complicado para estar na apresentação do Workshop  desse semestre,pois minha princesa terá apenas alguns dias de vida.
Desejo para todos bons estudos  e um ótima apresentação de trabalhos desenvolvidos em suas escolas.

  
  

QUESTIONAMENTOS SOBRE A NOSSA ATUAL EDUCAÇÃO

Algumas semanas atrás veio aqui na minha casa uma grande amiga minha que é  pedagoga e psicologa, mas atualmente não está atuando, pois esta aposentada e volta e meia ela traz para mim revista sobre assuntos referentes a área de educação, pois sabe que gosto muito de ler sobre isso e  numa dessas revistas  da  Nova escola, me deparei com  Série Especial na qual se discutia os vários Retratos da Exclusão (fevereiro/2014), neste texto o que mais me marcou foi que no Brasil temos 7,5% das crianças entre 4 e 17 anos que não frequentam à escola. Isso significa que no país encontramos um número aproximado de 3.366.299 de pessoas, conforme Pnad de 2012, que se encontram fora da escola, aí fiquei me questionando sobre todos os assuntos abordados e estudados ao longo dos semestres que nós enquanto escola somos tão cobrados pela sociedade, onde precisamos nos aperfeiçoar ir em busca de de nosso objetivos  se queremos continuar  com a nossa profissão, e por que as autoridades do nosso país não fazem questão de ajudar mais  as pessoas  que também possuem sonhos e objetivos na vida.
- Será que  as autoridades não possuem acesso a esse material?
 Sei que estou indignada ao ler esse texto, pois a educação segunda a legislação brasileira  não era para todos?
-  E  por que essas crianças e adolescentes não tem acesso à educação em pleno século XXI?

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Várias são as situações, mas com certeza os mais atingidas são as populações que se encontram em mais vulnerabilidade, como: as negras, as indígenas, quilombolas, pobres, sob risco de violência, exploradas e com deficiências de aprendizagens. No texto, se identificava várias medidas que poderiam ser realizadas para reverter esse quadro como o aumento do número de escolas, escolas com acessibilidade para alunos com deficiência, reforma das escolas já existentes, transporte escolar, profissionais especialistas, valorização de seus profissionais docentes, enfim  situações demonstrando que é complexa a questão, entretanto o que os vários setores fazem na realidade é burocratizar ainda mais o conhecimento em prol de uma eficiência produtividade para o mercado. 
Sabemos que não são questões fáceis de serem respondidaS e de serem solucionadas, tanto que temos em nossa sala de aula uma diversidade muito grande de realidades e nós professores necessitamos ensina-los dentro destas incertezas. 
Mas afinal devemos prepara-los para o que? 
Foi quando me lembrei de uma passagem no livro do Paulo Freire, Por uma Pedagogia da pergunta, em que Antonio Faundez descrevia uma de suas férias escolares na qual ele trabalhava junto com uma família araucana e refletiu sobre qual seria o sentido e a importância do saber ler e fazer contas para aqueles camponeses? 
Sua conclusão naquele momento foi que a importância maior era o de lutar contra a injustiça e para isso teve que respeitar o cotidiano daquela realidade e a partir do entendimento das marcas culturais daquela família poder criar caminhos de mudanças, será que ai não está uma das respostas para os problemas encontrados atualmente, acharmos os caminhos contextualizados para que nossos alunos possam fazer as mudanças e desta forma poderem reorganizar a sociedade de uma forma mais justa.
"Na medida em que as massas não detêm o saber que o intelectual possui, elas não detêm o poder. E esse desprezo pelo saber popular afasta o intelectual das massas." (Freire, 1985)

“Saímos para o exterior, não para descobrir o segredo dos outros, mas para descobrir o segredo de nós mesmos.” (Mariátegui)

Fonte:
Retratos da exclusão - Revista Novaescola 
FREIRE, Paulo. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Projeto de Aprendizagem - Faciliitador do conhecimento

    
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 Conforme o Antoni Zabala Vidiellas nos esclarece que as relações e a forma de vincular os diferentes conteúdos de aprendizagem de uma unidade didática é o que denominamos organização de conteúdos, esses conteúdos geralmente são apresentados separadamente em aula, porém possuem mais potencialidade de uso e de compreensão quando são relacionados entre si.
     Os estudos e práticas sobre os conteúdos disciplinares vêm comprovando que estabelecer relações entre os diversos conteúdos vem desenvolvendo de forma mais intensa e crítica do aluno.
      Concordo que a organização dos conteúdos não é um tema menor, ela responde ao que se quer alcançar na educação, ao protagonismo do aluno como sujeito ativo na construção do conhecimento facilitando a construção.
    Todo professor deve levar em conta: a situação da realidade, questões ou curiosidades, instrumentos disciplinares, formalização, aplicação a outras situações e a revisão integradora. 
    Assim, não devemos seguir ao pé da letra um método globalizado ou outro qualquer, devemos integrar o conhecimento a situação do aluno, partir da sua realidade e de sua curiosidade do mundo em que vive fazendo com que compreenda a sociedade e participe nela construtivamente.

Aprendizagem por projeto:

·         Parte do interesse, da curiosidade dos alunos.
·         Considera o conhecimento prévio da realidade vivida pelo aluno sobre o tema.
·         Atende os interesses e necessidades.
·         Regras definidas entre professor e aluno.
·         Apropriação do conhecimento específico.
·         O aluno constrói o conhecimento.
·         Dúvidas partem dos alunos.
·         Aluno interessado a buscar a resposta.
·         Motivação intrínseca do aluno.
·         Aluno se sente desafiado.
·         Tema e assunto têm significado para o aluno.
·         Elaborado pelo grupo, consenso de alunos e professores.
·         O professor é orientador e o aluno é agente.

Projeto de Aprendizagem

Na Interdisciplina Projeto Pedagógico em Ação desse semestre vem com um objetivo de aplicar com nossos alunos um projeto de aprendizagem, onde o objetivo principal é a questão a ser pesquisada   que parta da curiosidade, das dúvidas, das indagações do alunos. 
Sendo assim comecei a observar  as perguntas  que  os alunos da Pré - Escola faziam durante as aulas, fazendo o registros dos mesmos ,mas  um dia durante a realização de um jogo pedagógico  sobre o fundo do mar surgiu a pergunta; Por que a água do mar é salgada? Todos começaram  a interagir com aquela  pergunta dando suas opiniões, ao longo dessa assunto percebi que para alguns não havia despertado  essa interesse ainda. Esse assunto dias após  todos estavam se perguntando sobre esse assunto, sendo assim como toda a turma estava envolvida no mesmo tema esse foi então a nossa questão de investigação.
Segue abaixo  o  cartaz do registro do nosso projeto realizado.

 Depois ter escolhido a nossa questão de investigação, partimos para as dúvidas e certezas provisorias  da turma, foi uma semana de indagações  sobre as certezas temporárias e dúvidas  provisórias sobre o tema.
  Dúvidas  Provisórias
-  Por que  só a água do mar é salgada?
- Da onde  vem  o sal que salga  a água do mar?
- Sal da água do mar  pode ser usado para salgar  a nossa comida?
     Certezas  Temporárias
Não  pode ser consumida  em in- natura.
- A água  do mar é salgada.


Partindo desses princípios  começamos as nossas  investigações de pesquisas usando vários meios diferentes   para  realiza-las.Como por exemplo pesquisa na internet com ajuda dos pais, pesquisa em livros e revistas , enquete  com o corpo docente da escola.


Após realizar algumas questões de investigação  sobre o nosso projeto de aprendizagem , construímos o mapa conceitual sobre  as descobertas realizadas durante as nossas pesquisas realizadas. A turma estava bastante colaborativa  e envolvida  durante essa atividade, pois algumas questões já estavam  esclarecidas.
Segue abaixo  o  cartaz do registro do nosso projeto realizado.

  Para finalizar posso dizer que foram semanas , meses  de muita descoberta, aprendizagem , alegria por parte dos alunos como também por parte dos pais, na qual a grande maioria participou no projeto enviando materiais a respeito do assunto, isso para os alunos foi muito interessante  ter  e ver essa participação acontecer dentro da sala de aula.
O nosso projeto de pesquisa foi realizado com muito sucesso, apenas a nossa  palestra com o  Oceanólogo, não foi realizado por falta de autorização por parte da direção da escola.
Acredito que as aprendizagens durante o nosso projeto foram significativas e inovadoras, nesse sentido posso dizer o  projeto de aprendizagem  favoreceu especialmente a aprendizagem de cooperação, com trocas recíprocas e respeito mútuo.  Isto quer dizer que a prioridade não é o conteúdo em si, formal e descontextualizado.  A proposta é aprender conteúdos, por meio de procedimentos que desenvolvam a própria capacidade de continuar aprendendo, num processo construtivo e simultâneo de questionar-se, encontrar certezas e reconstruí-las em novas certezas.  Isto quer dizer: formular problemas, encontrar soluções que suportem a formulação de novos e mais complexos problemas.  Ao mesmo tempo, este processo compreende o desenvolvimento continuado de novas competências em níveis mais avançados, seja do quadro conceitual do sujeito, de seus sistemas lógicos, seja de seus sistemas de valores e de suas condições de tomada de consciência.

domingo, 2 de julho de 2017

O PROCESSO DE AVALIAÇÃO









 Falando sobre avaliação de um aluno, nós enquanto professores precisamos ter primeiramente em consideração o nosso planejamento se o  mesmo está de acordo com a realidade da turma e nós profissionais precisamos  estar atentos para cada etapa de desenvolvimento do aluno, muitas vezes o aluno nos mostra em pequenos  gestos  as suas fragilidades ou até propriamente as suas descobertas e conquistas. O processo de avaliação de um aluno  não pode ser considerada uns dias antes de fazer os pareceres e sim o desenvolvimento ao longo de todo o trimestre. Trabalho com a Educação Infantil desde 2008 e sempre com a turma de Pré – Escola onde a avaliação é realizada de forma descritiva, o registro das dificuldades, conquistas e descobertas são de extrema importância para montar a avaliação do meu aluno levando em conta a sua bagagem de conhecimento trazido de casa no final de um trimestre. A partir desse vídeo da professora Jussara,  entendi e aprendi mais sobre os métodos avaliativos na educação infantil, para que eu possa de maneira significativa melhorar minha prática pedagógica e sistema avaliativo com meus pequenos.Gostei muito do vídeo  da pedagoga Jussara Hoffmann quando ela se refere ao processo avaliativo que  significa  aprender a  questionar,  no caminho de elaboração de uma prática de natureza  dialética, o que significa que deve intermediar  a relação entre professor e aluno, sendo que o ultimo deve ser o sujeito dessa prática.  O aluno como sujeito livre e autônomo, respeitando o professor como grande mediador tanto do saber como da construção do mesmo. Avaliar nessa perspectiva não poder ser  visando a punição, ou seja, a reprovação, mas tão somente a aprovação.  São questões importantes  ser refletidas  tanto na nossa prática como também nossas escolas que muitas vezes ouvimos colegas, profissionais da educação comentando a questão de avaliação como  algo  tradicional  não levando esses aspectos citados acima, e sim estão ligados somente nos números somativos de provas  e trabalhados realizados ao longo do semestre. 

Educação Infantil: o olhar sobre as crianças. Fotos Danela Toviansky
"A criança não pode se sentir integrada a uma escola que lhe proporciona uma situação constante de prova, de teste, onde a tensão se mantém e onde ela e sua família são prejulgadas e responsabilizadas pelo fracasso", alerta Jussara Hoffmann, mestre em avaliação educacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no livro Avaliação e Educação Infantil - Um Olhar Sensível e Reflexivo sobre a Criança (152 págs., Ed. Mediação, tel. 51/3330-8105, 42 reais).
Por tudo isso, é fundamental a construção de um modelo que leve em conta o processo educacional, baseado em informações recolhidas ao longo do tempo por meio de situações significativas no contexto das atividades realizadas pelos meninos e pelas meninas e que atenda ao que eles conhecem e são capazes, sem nunca serem penalizados pelo que ainda não sabem.

Esses pontos pressupõem um planejamento que guie todos no sentido da concepção de avaliação que se quer implementar, a formação em serviço dos professores e a elaboração de instrumentos que consigam registrar o percurso realizado e dividir os avanços com as famílias. Com o objetivo de colaborar com essa reflexão e com a transformação de tudo isso em ação efetiva, esta reportagem esmiúça cada uma das etapas desse ciclo que se retroalimenta constantemente.