“Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos
fragmentos de um futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as
crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja
um fragmento do futuro...” (Rubem Alves)
Lendo
a belíssima obra de Rubens Alves posso perceber que
utiliza o aforismo para nos fazer pensar sobre a educação. A educação não
pode ser confundida com enquadramento, com padronização, com produção em série.
A escola precisa se desatrelar da burocracia a que vem se sujeitando ao longo dos
tempos. Precisa repensar a sua função que é a educar. A ética, a estética, a
descoberta e a alegria têm que estar no centro do processo
educativo. O educador precisa encontrar o caminho do encantamento. Educar
é encantar, provocar, despertar, estimular, fazer pensar, aprender e ensinar. É
espantar. A educação não pode e não deveria estar desvinculada do
prazer e da alegria. A educação prazerosa está conectada aos nossos sentidos:
visão, audição, olfato, paladar e tato. Está ligada aos movimentos do nosso
corpo. Um dos objetivos da educação é desenvolver a inteligência, não é ter
resposta. Educar não é aprisionar o conhecimento.
Precisamos romper os muros que cercam a escola, porque um dos problemas da escola é que ela ignora quem são e como vivem seus alunos além de seus muros. Quais são os interesses dos nossos alunos? O que lhes poderia causar espanto, curiosidade, inquietação? Precisamos pensar no que a escola é, no que ela deveria ser e no que ela pode ser. Precisamos estimular a curiosidade e as novas descobertas. Precisamos aprender a não limitar o pensar. A escola precisa parar de proibir o pensar. Nossa função como educadores é estimular o pensamento, não é pensar pelo aluno. A educação tem que dar asas aos seus alunos. Ensinar não é subjulgar e medir intelecto e não pode significar entristecer a vida, o professor e o aluno. Está aí o nosso maior desafio: acreditar que uma outra educação é possível e fazer o possível para que ela se torne realidade. Cabe a nós educadores a tarefa de acreditar.
Precisamos romper os muros que cercam a escola, porque um dos problemas da escola é que ela ignora quem são e como vivem seus alunos além de seus muros. Quais são os interesses dos nossos alunos? O que lhes poderia causar espanto, curiosidade, inquietação? Precisamos pensar no que a escola é, no que ela deveria ser e no que ela pode ser. Precisamos estimular a curiosidade e as novas descobertas. Precisamos aprender a não limitar o pensar. A escola precisa parar de proibir o pensar. Nossa função como educadores é estimular o pensamento, não é pensar pelo aluno. A educação tem que dar asas aos seus alunos. Ensinar não é subjulgar e medir intelecto e não pode significar entristecer a vida, o professor e o aluno. Está aí o nosso maior desafio: acreditar que uma outra educação é possível e fazer o possível para que ela se torne realidade. Cabe a nós educadores a tarefa de acreditar.
Esta reflexão me fez lembrar uma das músicas que canto commeus alunos da Pré-escola
Pássaro triste/ Preso na gaiola/Se fosse livre/Era bem melhor/Chega de gaiola/Chega de prisão/Lugar de passarinho/Não é a gaiola não...
Pássaro triste/ Preso na gaiola/Se fosse livre/Era bem melhor/Chega de gaiola/Chega de prisão/Lugar de passarinho/Não é a gaiola não...
Diferentemente
que pretende o atual governo diminuir as oportunidades que o aluno teria para refletir e pensar sobre sua realidade social, fazendo com que nós professores e
alunos fiquemos engaiolados e não encorajados
para seguir o nosso voo.
“Há
escolas que são gaiolas e escolas que são asas. Escolas que são gaiolas
existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados
são pássaros sob controle. Engaiolados, seu dono pode levá-los para onde
quiser. Pássaros engaiolados têm sempre um dono. Deixaram de ser pássaros.
Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam os
pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos
pássaros coragem de voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer,
porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. só pode
ser encorajado." (Rubem Alves).
REFERÊNCIAS:
ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.
ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.
É Tania, quantas vezes o sistema bloqueia nossos voos, engaiolando nossos desejos de voar! Que possamos ser desafiados a alçar voos fortalecendo nossas asas...
ResponderExcluirAdorei conhecer e passear pelo seu blog! Siga compartilhando...
Siga postando!
Tutor@ Isolete