Coruja

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domingo, 23 de outubro de 2016

Reflexão sobre o professor, na atualidade.



Hoje em dia, na grande maioria dos casos, os professores não estão em suas salas de aula apenas para cumprir obrigações pedagógicas, eles são bombardeados por tarefas que muitas vezes não condizem com seu contrato de trabalho e com suas obrigações profissionais. Os educadores convivem diariamente com cobranças descabidas e desproporcionais, justamente porque algumas importantes instituições perderam seus critérios e valores com o passar do tempo, como a família e o estado. Os professores atualmente sentem na pele os problemas sociais, juntamente com seus alunos.
Infelizmente nós professores assumimos essas tarefas árduas, pois ainda somos seres humanos preocupados com a cidadania e civilidade, mas isso está cada vez mais difícil, pois a sociedade não enxerga a escola como solução dos diversos problemas que a aflige. Com essa situação ocorre um infeliz e gradativo processo de desvalorização dos educadores e das instituições escolares, inclusive atingindo desde os níveis mais primários até o ensino médio.
Os professores na sua extensiva maioria podem com certeza ser considerados grandes e persistentes lutadores, guerreiros da educação, homens e mulheres que entregam uma relevante porcentagem de suas vidas aos seus semelhantes, muitas vezes contrapondo a obviedade do desânimo e as dificuldades da subsistência.
Somos seres esperançosos, vivendo e contrariando as dificuldades de uma realidade discriminatória e punitiva, somos indivíduos imbuídos de vontades e utopias, somos pessoas divididas entre o amor pela profissão e pelo ódio pelo sistema. Queremos sempre o melhor para nossas crianças e adolescentes, somos atenciosos e compreensivos com nossos alunos mais velhos, a vida dos professores se resume em ser e fazer para os outros, fato que nos traz satisfação e alegria, pois não há nada mais gratificante que o semblante agradecido daquele que aprende, daquele que é ouvido, daquele que é confortado.
“O futuro passa a ser visto como possível de se controlar, sendo que esse controle do futuro passa a ocorrer diante da crença na razão e no progresso, duas características imprescindíveis da Modernidade. Através de uma ilimitada confiança na razão acredita-se que a dominação dos princípios naturais em proveito do homem garantirá um futuro melhor à sociedade. Já diante da ideia de progresso, acredita-se que a ciência será capaz de levar a humanidade à passagem de um estágio menos desenvolvido para um mais desenvolvido, caracterizando assim o metarrelato ou a metanarrativa.” (OLIVA-AUGUSTO, 2007).


A Ciência é pura diversão!

EXPERIMENTO GARRAFA CHUVEIRO

A tarefa essa semana foi realizar um experimento com os nossos alunos na Interdisciplina Representação do Mundo pelas Ciências.
O ensino de Ciências também acontece na Educação Infantil e se dá principalmente na realização de experiências científicas de fácil manuseio!
Já fiz várias experiências com meus alunos com o objetivo de  estimular a elaboração de hipóteses das crianças, desenvolver e aguçar a curiosidade.
Ao iniciar qualquer experimento científico, pergunto às crianças o que elas acham que vai acontecer e anoto as observações feitas. Depois comparo o experimento e os resultados. É incrível como muitas vezes as crianças já sabem o que vai acontecer. O valor de fazer o experimento é validar e quantificar o que muitos deles já observaram. Após o término do experimento fazemos a revisão do que foi escrito  para mostrar o que aprenderam; Também peço que ilustrem o momento. Os conceitos podem ser complexos, mas os exemplos simples estão ao nosso alcance!
As crianças são curiosas e querem saber como as coisas funcionam! A Ciência é pura diversão!

MATERIAIS
1. Garrafa de plástico com tampa de rosca
2. Prego
3. Água
4. Tigela
5. Funil

COMO FAZER
1. Encha a tigela de água.
2. Fure a base da garrafa com o prego e a coloque dentro da tigela.
3. Coloque água dentro da garrafa e feche.
4. Segure a garrafa pela boca sem apertá-la e a levante. Observe.
5. Abra a garrafa. Observe.

TURMA  DE APLICAÇÃO: PRÉ-ESCOLA CRIANÇAS DE 4 E 5 ANOS


O QUE ACONTECE?
Mesmo com a garrafa furada, enquanto estiver tampada, a água não cai. Se abrir, a água começa a cair; se fechar, a água para.

POR QUE ACONTECE? 
A pressão atmosférica, que age em todas as direções aplica uma força através dos furos da garrafa e segura a água dentro. Como essa pressão não age diretamente na parte de cima quando está fechada, a água não cai. Mas se destampar, a pressão atmosférica entra em ação e faz a água cair.

FATOS RELEVANTES SOBRE A APLICAÇÃO DO EXPERIMENTO COM A TURMA.
Durante a aplicação do experimento as crianças apresentaram muita curiosidade e interesse pela atividade desenvolvida. Segundo eles a água iria sair imediatamente com ou sem tampa.
Quando perceberam que a água não estava saindo com a tampa, eles ficaram surpresos.  Nesse instante começaram a questionar o porquê do acontecido. Foi então que expliquei para eles que o efeito do ar era menor dentro da garrafa por isso não saía água e quando ela é aperta o ar de fora faz com que água desça. Nesse mesmo instante eles começaram a chamar o experimento de chuveirinho, e  passaram a participar ativamente do experimento.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Importância da Seriação na Alfabetização Matemática das Crianças

Na Interdisciplina de "Representação do Mundo Pela Matemática", nos foi solicitado que, explorássemos os objetos digitais de aprendizagem publicados no Site, com isso cheguei à conclusão que dentre os recursos apresentados, o mais apropriado para a faixa etária da minha turma, quatro e cinco anos, levando em conta a alfabetização matemática é o conceito de seriação, pois através deste instrumento intelectual existe a possibilidade de os indivíduos organizarem mentalmente a realidade do ambiente de convívio. Faz-se extremamente importante quando o individuo torna-se capaz de estabelecer e ordenar as diferenças entre os objetos. É o primeiro passo para um aprimoramento intelectual e matemático das crianças, inclusive trazendo para elas capacidade de ordenação crescente ou decrescente de determinadas características do que está sendo analisado como, peso, tamanho, espessura, cor, sabor, formato, etc.

Tudo isto leva o aluno a ampliação do seu conhecimento e de sua capacidade de análise. Segundo Toledo (1997) “enquanto a classificação repete as semelhanças entre os elementos, a seriação trabalha mais com as diferenças entre eles. Quando dizemos que estamos seriando, categorizando os objetos, estabelecemos entre eles uma relação de diferença que possa ser quantificada, permitindo que os elementos sejam colocados em ordem crescente ou decrescente.”



domingo, 16 de outubro de 2016

O MUNDO DA MATEMÁTICA; SERIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

Nossa primeira  atividade relacionada a  Interdisciplina de  Representação do mundo pela Matemática, podemos fazer uma pequena reflexão sobre a nossa prática  na sala de aula  em relação como trabalhamos esse conceito tão complexo com nossos alunos.
 Quando   cursei o Magistério no Instituto Estadual de Ensino Paulo Freire no município de São Sebastião do Caí, o concluído em 2008.  No início de 2009 tive minha primeira experiência como professora, desde então, sempre trabalhei com turmas de Pré-Escola, posso afirmar que adoro minha profissão e que me sinto realizada com ela.
Desde o magistério já percebia que no meu Ensino Fundamental, muitos  recursos  não foram apresentados  e explorados  pela minha professora,  ela usava um método tradicional, que muitas vezes tivemos muitas dificuldades  de entender  certos conceitos. E hoje posso afirmar que a relação da matemática  é algo que está sempre presente nas minhas atividades de sala de aula, principalmente em jogos e brincadeiras. Acho extremamente importante trabalhar desde cedo nos pequeninos o raciocínio lógico através da aritmética. Principalmente diante da recepção positiva dos alunos as propostas envolvendo atividades matemáticas.
Eu trabalho seriação, classificação com meus alunos de 4 a 5 anos de forma construtiva, por exemplo, no simples fato de realizar a chamada coletiva, cada um ganha uma ficha com o seu nome e após colocando a ficha no painel eles poderão perceber quantos meninos e meninas estão presentes, gostos muito de trabalhar com material concreto, como palitos coloridos e tampinhas, com esses recursos eu monto uma história onde a turma precisará criar o cenário da história, usando os materiais citados. No final da história, cada faz sua apresentação falando sobre o número de tampinhas e palitos que utilizou, quais cores foram utilizadas para realização do cenário.

Já nos jogos pedagógicos gosto muito de trabalhar com jogos confeccionados, relacionados aos projetos, um exemplo o projeto sobre animais, confeccionei três jogos da galinha, onde foram criadas fichas com os números de 1 a 9, e conforme a ficha virada os alunos colocaram o número de ovos correspondentes no ninho da galinha.
Com um olhar mais crítico posso afirmar que a relação da matemática está presente  diariamente na vida das crianças como um simples fato escolher  seus brinquedos, cabe a nós professores  usar esses recursos simples para explorar esses conceitos tão  complexos para a criança,  fazendo com que a criança  se apaixona  pelo  esse maravilhoso mundo dos números.


domingo, 9 de outubro de 2016

A representação do mundo pelas ciências

Nossa primeira aula na Interdisciplina A representação do mundo pelas ciências foi maravilhosa, pois alguns exemplos básicos dados pelos professores como, por exemplo, o bebê que joga brinquedos no chão, ele esta descobrindo que existem várias hipóteses uma delas ele ficará sem o seu brinquedo no mesmo instante ele chora ai vem à mãe e fica perto dele ajuntando seu brinquedo. 
Podemos entender que a ciência ela vem acompanhada pela razão a pela observação do homem, nesse sentido ela pode ser definida como um conjunto de conhecimentos. Precisamos ter conhecimento sobre a natureza, como ela se comporta e como a vida se processa, afinal  precisamos  nos posicionar com fundamentos a cerca de algumas questões que hoje dominam o mundo como: aquecimento global, descontrole do clima, células tronco, clonagem, lixo urbano, desmatamento ...
Também é necessário ter conhecimento sobre o corpo, como ele funciona de que forma podemos cuidar para termos um melhor funcionamento das nossas células. A partir do momento que temos conhecimento da Ciência e de como ela está presente no nosso dia a dia, compreendemos que precisamos colaborar para a compreensão do mundo e suas transformações, e de como é necessário nos transformarmos em indivíduos participativos e tomar consciência de que somos parte integrante do universo.  Analisando esse mundo da ciência percebemos que ela esta interligada  no nossa vida, pois, necessitamos de alimento, nascemos, crescemos, nos desenvolvemos, reproduzimos e morremos .
Nós enquanto escola a temos obrigação de transmitir para nossos alunos esse maravilhoso mundo da ciência para eles possam compreender esses aspectos naturais que acontecem. Não podia deixar de realizar essa atividade sensacional que o professor Daniel realizou na nossa aula para entender o mundo da ciência de forma tão simples, sendo assim usei a mesma técnica mais claro usando a termo de mágica, pois são aluno da  Pré- Escola, e durante a atividade pude perceber que  alegria   e expectativa diante a atividade  era muito grande o envolvimento deles foi sensacional pois cada um interagia  de um forma mas todos  estavam numa curiosidade o que iria acontecer.
Posso afirmar que foi uma "mágica "significativa, pois no outro dia o assunto surgiu novamente na sala de aula e alguns relataram que haviam realizado a "mágica" em casa com seus familiares.






segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ESCOLAS GAIOLAS OU ASAS

“Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de um futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento do futuro...” (Rubem Alves)


   Lendo a belíssima  obra de Rubens Alves  posso  perceber que  utiliza o aforismo para nos fazer pensar sobre a educação. A educação não pode ser confundida com enquadramento, com padronização, com produção em série. A escola precisa se desatrelar da burocracia a que vem se sujeitando ao longo dos tempos. Precisa repensar a sua função que é a educar. A ética, a estética, a descoberta e a alegria têm que estar no centro do processo educativo. O educador precisa encontrar o caminho do encantamento. Educar é encantar, provocar, despertar, estimular, fazer pensar, aprender e ensinar. É espantar.  A educação não pode e não deveria estar desvinculada do prazer e da alegria. A educação prazerosa está conectada aos nossos sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Está ligada aos movimentos do nosso corpo. Um dos objetivos da educação é desenvolver a inteligência, não é ter resposta. Educar não é aprisionar o conhecimento.
             Precisamos romper os muros que cercam a escola, porque um dos problemas da escola é que ela ignora quem são e como vivem seus alunos além de seus muros. Quais são os interesses dos nossos alunos? O que lhes poderia causar espanto, curiosidade, inquietação?  Precisamos pensar no que a escola é, no que ela deveria ser e no que ela pode ser. Precisamos estimular a curiosidade e as novas descobertas.  Precisamos aprender a não limitar o pensar.  A escola precisa parar de proibir o pensar. Nossa função como educadores é estimular o pensamento, não  é pensar pelo aluno. A educação tem que dar asas aos seus alunos. Ensinar não é subjulgar e medir intelecto e não pode significar entristecer a vida, o professor e o aluno. Está aí o nosso maior desafio: acreditar que uma outra educação é possível e fazer o possível para que ela se torne realidade. Cabe a nós educadores a tarefa de acreditar.
           Esta reflexão me fez lembrar uma das músicas  que canto commeus alunos da Pré-escola
Pássaro triste/ Preso na gaiola/Se fosse livre/Era bem melhor/Chega de gaiola/Chega de prisão/Lugar de passarinho/Não é a gaiola não...
             Diferentemente que pretende o atual governo diminuir as oportunidades  que o aluno teria  para refletir e pensar sobre sua realidade  social, fazendo com que nós professores e alunos  fiquemos engaiolados e não encorajados para seguir  o nosso voo.




“Há escolas que são gaiolas e escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados têm sempre um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam os pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem de voar. Ensinar o voo, isso elas  não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. só pode ser encorajado." (Rubem Alves).

 REFERÊNCIAS:
ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32
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