Criado
por Decroly no início do século XX, os Centros de Interesse são definidos por
Amato (1971) numa visão mais atual como sendo "agrupamento de conteúdos e
atividades educativas realizadas em torno de temas centrais de grande
significação para a criança.". Ao utilizar esta metodologia o educador
estará oportunizando aprendizagens em todas as áreas. Assim na área cognitiva
favorece a construção de novos conceitos, a partir da observação, da
comparação, da assimilação e da acomodação, ajudando a criança a desenvolver
seu pensamento, estruturar sua realidade e a interagir com ela. Na área
afetiva, proporciona o ajuste às normas e costumes construídos socialmente,
promovendo a passagem da dependência infantil para a construção de sua
autonomia.
Na
área das operações mentais, a criança desenvolve a "coordenação viso
motora, a construção do esquema corporal, além de facilitar o trabalho em grupo
e individual" (CINEL, 2004, p.24). A organização dos centros de interesse exige
três tipos de exercício: A observação: exercício humano que estabelece uma
relação entre o mero perceber e o pensamento, através das comparações, das
semelhanças e diferenças.
Vale
destacar que ao utilizar os Centros de Interesses, o educador estará atendendo
os interesses de seus alunos, uma vez que parte de dados e fatos concretos
relacionados ao seu contexto. Deste modo proporcionará a construção de
aprendizagens significativas, ao envolver a criança em experiências concretas e
desafiadoras.
Referências
- CINEL,
Nora Cecília Bocaccio. Centros de Interesse: estratégia utiliza
multidisciplinaridade para o desenvolvimento global. Revista do Professor,
Porto Alegre, n. 78, ano 20, p. 32- 36, abr./jun.
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