Coruja

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domingo, 1 de maio de 2016

MINHA VOZ, MINHA VIDA


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       O filme foi muito bem conduzido e é uma ótima ferramenta para ações de prevenção para  professores. Ele aborda a vivência de três professores: a professora com distúrbio vocal já instalado e em consulta médica, o professor que se previne e cuida da voz  e o outro que não percebe os abusos que comete contra ela.
       Facilmente qualquer professor pode se identificar com um dos três personagens.
A primeira personagem, demorou 10 anos para procurar ajuda, achando que todo sofrimento que passara era "normal" da profissão que escolhera. Em sua primeira consulta após perder a voz em sala de aula por excesso de trabalho ela recebeu orientação e encaminhamento para os profissionais indicados para o tratamento - o médico otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo. O receio de se afastar da sala de aula ou trabalhar em outra função ficam estampados em seu rosto através da angústia sobre futuro na carreira docente.
     O segundo,faz o papel do professor consciente, que faz preparação vocal (aquecimento e desaquecimento vocal), escreve na lousa e só depois começa a explicar o assunto; utiliza estratégias para chamar a atenção dos alunos sem gritar e melhorar sua explanação com pausas, ênfases e entonações no seu discurso, prendendo a atenção dos alunos para o assunto. Aproveita momentos durante o banho e na escola antes de entrar em sala para realizar  exercícios vocais e toma cuidados como tomar goles de água durante a explicação, assim como diminuir a velocidade do ventilador e fechar a porta para reduzir os ruídos extraclasse que iriam competir com sua voz.
       Já o terceiro, é o professor sem noção nenhuma de cuidado com a voz, grita o tempo todo(sem perceber) tanto em sala de aula, quanto em casa, o que provocou até problemas na dinâmica familiar. Além disso, comete vários abusos como fumar, utilizar pastilhas, pigarrear e usar própolis para aliviar seu esforço vocal. Em sala, ele escreve e fala ao mesmo tempo olhando apenas para o quadro. Sem olhar para os alunos ele usa o mesmo tom de voz os entediando com sua aula. Por fim, ele percebe com ajuda de sua esposa que realmente está cometendo erros contra sua saúde e decide procurar ajuda no Sindicato dos Professores onde existe um Programa de Saúde Vocal para estes profissionais. Programa este que a maioria não procura deixando este momento quando o quadro está muito adiantado(pode ser percebido pelo número pequeno de professores na cena da palestra de orientação com a fonoaudióloga).
      A frase que mais me chamou atenção e me fez refletir  sobre minha prática docente foi  citada pela professora em consulta que relatou ao seu médico: "Minha voz é muito mais que minha ferramenta de trabalho, minha voz é a minha vida".
Essa é a consciência que todo profissional da voz precisa ter: querer se cuidar antes do problema chegar simplesmente por se amar, e amar o que faz.
     Refletindo sobre esse filme maravilhoso e trazendo ele para a prática, lancei  um  desafio na minha sala de aula com meus alunos realizei verbalmente um exercício onde eles relataram minhas praticas como docente o que eles gostam o que eles não gostam de fazer nas aulas.
     Para mim foi um momento de muita aprendizagem com eles,pois cada um falou o que achava  e eu obviamente  não podia falar nada a não ser ouvir.
      No final dessa  atividade cheguei na conclusão com muita alegria que  praticamente todos comentaram da hora do conto  e das musicas, e me pedirem professora você para contar uma história você usa outras vozes ou  tem alguém escondido que fala e canta também, fiquei impressionada   e consegui  entender por que  eles gostam tanto da hora do conto e da musicas.
      Como é bom brincar no bom sentido com o dom de voz.
      


3 comentários:

  1. Tânia, em algum momento tu te identificaste com algum dos professores do filme, como tu cuidas da tua voz diariamente? Lecionas há muito tempo? Acha que é importante cuidar da voz, acredita que vais modificar alguma coisa na tua prática depois de assistir ao filme?

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  2. Eu acho que toda vez que lemos ou assistimos alguma coisa sempre aprendemos algo novo.E a frase que me chamou e me fez refletir mesmo foi aquele que destaquei no texto acima "Minha voz é muito mais que minha ferramenta de trabalho, minha voz é a minha vida". Acho que é uma frase que nos faz refletir muito sobre a nossa prática docente em sala de aula. Estou lecionando desde 2009.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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