A escola de
antigamente foi construída para que os filhos dos nobres e plebeus fossem
orientados que conforme sua condição social seriam enviados a diferentes lugares
para alfabetizar-se e aprender alguma profissão. Em minha opinião nos dias
atuais não está muito diferente, porque as escolas continuam fazendo o mesmo
que acontecia no passado, pois ainda existe esta diferença
de classe social.
Desde 1997, o fenômeno de “proletarização” das
camadas inferiores, médias e altas da pequena burguesia urbana nacional vem
gerando diversas consequências, entre elas o retorno à rede pública estadual e
municipal de ensino dos filhos desta burguesia, que não conseguiu arcar com os
altos custos da mensalidade das escolas particulares. O encontro dos filhos da
pequena burguesia com os do proletariado acaba por gerar conflitos e situações
que retratam os mecanismos do sistema de classes e sua legitimação a partir das
instituições do Estado, dentre as quais se destaca a escola. A pequena burguesia tenta de todas as formas demarcar sua
diferença cultural, social e, principalmente, econômica frente às classes
populares. Apesar da crise em que está acometida, a pequena burguesia prefere a
todo custo manter seus status visando
alcançar o patamar de alta burguesia, ao invés de formar uma frente única com
as classes populares.
No tempo
em que fui estudante, não me lembro de vivenciar aluno algum falando palavrões,
enfrentando professores com agressões verbais e até mesmo físicas, porque
existia respeito e até mesmo certo temor em relação aos professores. Antigamente
o respeito entre pai – filho era diferente o que influenciava o desempenho dos
alunos. Hoje como alfabetizadora que sou posso constatar que os deboches,
enfrentamentos e agressões fazem parte do cotidiano dos alunos. As minhas angustias
quanto ao ensino destas crianças seria em como poderia mudar um pouco este
ambiente escolar visto que, não importa proporcionar aulas diferenciadas para
que o aluno esteja mais interessado em aprender e frequentar a escola do que
praticar agressões com os professores e seus colegas.
É uma
batalha constante para manter um ambiente equilibrado e harmonioso em virtude
principalmente da sociedade na qual vivemos.
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