Reflexões
A escola,
enquanto local de aprendizado curricular, faz-se presente, ainda, de maneira
muito positiva e racional. Digo isto porque o aprendizado escolar não precisa
basear-se nas plataformas informatizadas para desenvolver-se. O desequilíbrio
está no que tange ao comportamento social que está distanciando-se cada vez
mais dos interesses pedagógicos e educacionais. Para uns tantos, aprender não
passa de uma obrigação. O questionamento dos "por quês" do mundo, das
pessoas e da natureza não passa de vã-filosofia, afinal de contas está tudo
pronto na internet; basta copiar e colar. Uma legião de pais elegeu a televisão
como base da educação de seus filhos - veja a novela e faça igual - e somente
descobrem mais tarde o preço a pagar por isso, quando são obrigados a tomar
conta de seus netos.
Sabemos que
os conteúdos da internet, e os recursos eletrônicos hoje disponíveis não podem
ser subjugados. Eles são riquíssimos em informação e acesso facilitado à
operacionalidade dos materiais e processos, porém é incrível a plasticidade de
se resolver um problema para achar-se a área de um cone, utilizando-se apenas
uma caneta, um caderno e um amigo para trocar ideias.
Por isso, podemos acreditar que a difusão do
conhecimento ainda está na escola. Precisamos eliminar o gasto de energia
desnecessário na transmissão do pensamento, fazendo com que crianças e
adolescentes acreditem que a escola é um local onde nos tornamos pessoas
melhores. Rivalizar Informática x escola é uma briga muito desleal. Basta para
isso ler algumas das respostas acima (com todo respeito à liberdade de
expressão), porém saber ler, escrever e interpretar é preciso. Todos seríamos
pessoas melhores se partíssemos desta premissa.
Nos dias de
hoje, diante de um conflito entre o que o professor ensina e os recursos
tecnológicos externos, até a formação deve ser diferenciada, pois os processos
de construção de um indivíduo educador devem prever tais conflitos, os
professores devem estar preparados para não se frustrarem por conta do
desinteresse dos alunos e por causa da concorrência desleal que na maioria das
vezes permeia as relações entre professor x aluno x tecnologia.
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